Ilhas de cozinha: conheça melhor os tipos de cooktop e as suas vantagens

Sílvia Cardoso – homify Sílvia Cardoso – homify
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A ilha é um volume autónomo com áreas de arrumação que é instalado na cozinha de forma a complementar o espaço. Este elemento surgiu logo após a Segunda Guerra Mundial a par com o estilo moderno da arquitectura e a criação de plantas baixas e espaços abertos. Sendo um elemento prático e muitas vezes móvel, é projectado de forma a tornar a cozinha mais funcional e, fundamentalmente, o trabalho mais eficiente.

A ideia de ter uma cozinha ampla e aberta significa preparar as refeições em família ou com amigos e transformar o espaço da cozinha num ambiente social e prazeroso. Ao mesmo tempo, este conceito elimina a necessidade dos armários pesados que se usavam antigamente já que traz novos e mais funcionais espaços de arrumação e muda a forma como se usa a divisão. 

Hoje, contamos-lhe tudo sobre ilhas de cozinha. Que tipos de ilha existem? Que cooktops podem ser instalados? O que pode uma ilha de cozinha incluir? Saiba tudo! 

​1. Vantagens e desvantagens

Está a ponderar a instalação de uma ilha de cozinha? Considere os prós e contras. Começamos pelas vantagens:

1.1. As vantagens de ter uma ilha de cozinha

  1. A cozinha ganha espaço: uma ilha de cozinha com arrumação dispensa a existência de armários de cozinha volumosos e pesados que, não raras as vezes, sobrecarregam os espaços, roubando-lhes superfície útil. Ao mesmo tempo, dispõe de uma superfície autónoma para a preparação e confecção de alimentos e para se fazerem refeições. Tudo num só volume! 
  2. Armazenamento adicional: a ilha de cozinha, para além de propiciar um óptimo espaço de trabalho, surge como volume útil para arrumação. O espaço por baixo do balcão pode servir para guardar utensílios de cozinha, livros de receitas, garrafas, mercearias, entre outras coisas.
  3. Espaço de refeições: a ilha pode, como mencionado, funcionar como “mesa” para as refeições informais do dia-a-dia. Tenha, no entanto, em mente, que para a ilha servir esta função, a cozinha precisa de ter espaço necessário para acomodar bancos e cadeiras.        
  4. Delimitação dos espaços: num open space, a cozinha e a sala de jantar e de estar integram-se. Contudo, é importante ter elementos que segmentem o espaço de modo a torná-lo mais organizado e funcional. A ilha de cozinha pode servir para marcar essa separação entre os dois ambientes sem ter de os fechar.

​1.2. As desvantagens de ter uma ilha de cozinha

  1. Quebra do fluxo de trabalho: na cozinha, existem elementos que funcionam em conjunto criando um triângulo de trabalho (frigorífico, lava-louça e fogão) que visa melhorar a funcionalidade do espaço. Uma ilha, quando mal planeada, pode quebrar este fluxo. 
  2. Colocação de electrodomésticos: para que o primeiro contra por nós apontado não aconteça é comum instalar-se electrodomésticos fundamentais na ilha, mas aqui surge um segundo problema: por um lado, corre-se o risco de se transformar o espaço que está fora da ilha num espaço sem uso e, por outro, a colocação de um fogão no espaço aberto de uma ilha pode ser perigoso, principalmente para crianças.
  3. Preço elevado: as ilhas são, por norma, caras. Contudo, tudo depende da ilha que escolher e do que ela incluir. 

​2. Tipos de ilha de cozinha

  1. Portátil: as ilhas portáteis são ideais para espaços pequenos, podendo facilmente ser deslocadas e arrumadas. No fundo, são pequenos carros com rolamentos que ajudam a cozinha a ser mais funcional e se podem deslocar para qualquer ponto do espaço. A vantagem deste tipo de ilha é ser claramente mais barata do que as restantes, mas ’como não há bela sem senão’, deve ter em conta que os rolamentos perdem qualidade com o tempo e podem bloquear tornando o seu uso mais difícil e menos prático.
  2. Pequena mas fixa: estas ilhas diferem das primeiras apenas pela ausência dos rolamentos. Este é um tipo de ilha fixo que pretende aproximar-se o máximo possível das grandes ilhas que nos habituamos a ver. Ideal para espaços pequenos, pode ser instalada num ponto de referência da cozinha e ser utilizada, se possuir a altura correcta, para a preparação de alimentos e armazenamento de utensílios. Tem a vantagem de ser esteticamente mais interessante do que a primeira (mais parecida com uma verdadeira ilha), mas não possui tamanho suficiente para oferecer aquilo que uma ilha de verdade oferece. São elementos auxiliares de cozinha mais compactos, mas que, ainda assim, quando bem utilizados e instalados, podem tornar o espaço mais funcional. 
  3. Mesa: este tipo de ilha consiste simplesmente num topo plano apoiado por quatro pernas mais altas do que o normal, o que faz dela uma espécie de mesa. A única diferença é ser posicionada na cozinha de forma estratégica para que possa desempenhar o papel de ilha. No fundo, estamos perante uma mesa que funciona como ilha para preparação de alimentos. Tem a vantagem de ser barata, fácil de instalar e limpar, ao mesmo tempo que se transporta facilmente. Por outro lado, quer queiramos quer não, é apenas uma superfície plana extra para a sua cozinha.

  1. Com armário: as ilhas com armários (para arrumos) podem facilmente ser construídas a partir de materiais já existentes. Para que isso seja possível, basta reutilizar um pequeno armário e uma bancada. Esta ilha, quando fixada ao chão, torna-se permanente e permite, por isso mesmo, a instalação eléctrica para adaptação de electrodomésticos. Pode servir como apoio no que ao armazenamento diz respeito e, ao mesmo tempo, permite esconder dentro de portas pequenos electrodomésticos como o frigorífico. Apresenta como vantagem a fácil construção e instalação mas, por outro lado, o custo não é o mais baixo.
  2. Multifunções: a ilha de cozinha multifunções faz tudo o que as bancadas comuns fazem, permitindo a instalação eléctrica e de tubagem para drenagem de água, com a vantagem de serem mais amplas. O que lhe é oferecido é um espaço compacto de trabalho onde pode ter uma cozinha completa com tudo o que necessita. Por outro lado, tenha em conta que os custos disparam, principalmente por culpa da instalação de tubagem que necessita de ser criada de raiz e sair directamente da ilha para o chão até se encontrar com as linhas principais de drenagem.
  3. Confecção e refeição: se não se consegue decidir entre o tipo de ilha a escolher, eis a nossa sugestão: uma ilha onde pode preparar/cozinhar os alimentos e também fazer refeições. Esta ilha combina ambas as funções, sendo geralmente composta por dois planos de elevação distinta: um para preparação/confecção de alimentos e outro, mais baixo, para refeições. Este é claramente o tipo de ilha que mais se adapta à grande maioria das famílias, oferecendo um espaço para duas das funções principais da cozinha. 

​3. Elementos que pode instalar na ilha de cozinha

  1. Lava-louça: se a sua ilha é grande o suficiente e permite a instalação de tubagem, pode ser uma mais-valia ter uma espaço de limpeza onde possa lavar os alimentos antes de cozinhar e a louça depois das refeições. Tal como referido anteriormente, a instalação do lava-louça obriga à instalação de tubagem que sai directamente para o chão e se encontra a posteriori com a tubagem principal. Este sistema implica custos mais elevados mas, na verdade, é fácil de instalar e acrescenta um extra muito importante à cozinha.
  2. Frigorífico: a instalação de um frigorifico por baixo da bancada da ilha permite ter sempre à mão os alimentos frescos e as bebidas para os seus convidados. Consoante o espaço disponível, escolha um frigorífico funcional e que sirva as suas necessidades.
  3. Máquina de lavar louça: a instalação de uma máquina de lavar louça pode ser o complemento perfeito para uma ilha de cozinha. Aconselhamo-lo a utilizar uma máquina com gavetas deslizantes, uma vez que as convencionais, com porta que abre para a frente, podem provocar um maior transtorno na circulação.
  4. Fogão de placa: se a sua ilha é grande o suficiente (e o seu orçamento permite), a instalação de um fogão de placa é uma excelente opção. É certo que precisará de profissionais responsáveis e competentes para tratar da instalação de toda a unidade eléctrica (no caso de fogão eléctrico) ou da tubagem (no caso de um fogão a gás), mas a sua cozinha tornar-se-á, garantidamente, num espaço mais funcional e agradável já que não precisa de estar a cozinhar virado para uma parede. Qualquer que seja o tipo de fogão escolhido, acompanhe-o por um sistema exaustor para libertar a cozinha dos vapores e odores.

​4. Os três tipos de fogão de placa mais comuns

  1. Gás: pode adquirir este tipo do fogão em duas versões diferentes: gás natural e propano. A sua utilização permite uma melhor precisão nas temperaturas (e controlo das mesmas) com que cozinha e uma maior compatibilidade com quase todos os utensílios. Sendo mais versáteis, são também os preferidos dos verdadeiros entusiastas da culinária. Para além de tudo isto, ainda saem mais baratos do que os restantes e, no caso de intempéries ou quebras de energia, podem continuar a trabalhar sem qualquer perturbação. Por outro lado, têm a desvantagem de serem mais difíceis de limpar e de, por trabalharem com gás, serem potencialmente mais perigosos do que os restantes.
  2. Eléctrico: esta versão de fogão, por funcionar a electricidade, é mais ecológica do que a anterior. As principais desvantagens destes fogões são a falta de controlo sobre o calor (existente nos fogões a gás). A superfície de cozimento é lenta para aquecer e para arrefecer e obriga ao uso de utensílios de fundo liso. Existem em duas versões: bobine e topo liso.
  3. Bobine: destacam-se pela simplicidade, funcionalidade e resistência. Podem ser limpos e esfregados sem provocar qualquer dano e são ideais para quem utiliza utensílios de cozinha pesados.
  4. Topo liso: com o topo em vidro, são ideais para quem gosta de um estilo moderno e elegante. A superfície lisa é tão subtil que pode perfeitamente passar despercebida ou fazer parte da decoração da cozinha. Fáceis de limpar e muito funcionais exigem, ainda assim, maiores cuidados de utilização de forma a não riscar ou quebrar.
  5. Indução: os fogões de indução têm um funcionalmente idêntico aos eléctricos, mas, ao contrário destes, possuem electroímanes que são colocados sob a superfície de cozimento lisa e que geram calor à passagem da electricidade. Esta é uma versão ainda mais ecológica e mais segura do que as anteriores, pois apenas transmite calor quando em contacto com tachos magnéticos. A não utilização deste tipo de tacho vai ser apenas ser um desperdício de electricidade uma vez que não será possível a transferência de calor. A desvantagem desta opção está no preço, pois estamos a falar de um fogão mais caro do que os anteriores e que, ainda por cima, obriga à utilização de tachos especiais que são, também eles, pouco amigos do orçamento.

5. Que profissionais lhe podem ser úteis?

Para projectar a sua cozinha, não abdique de contratar um designer de cozinhas. Este profissional sabê-lo-á ajudar a escolha a ilha mais indicada para o espaço e para as suas necessidades e gosto pessoal. Para afunilar a sua pesquisa, adicione o seu código postal e/ou nome da área servida. Entre em contacto com mais do que uma empresa e compare orçamentos.

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